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Porque é relevante adotar uma abordagem Whole-School?

Porque é relevante adotar uma abordagem Whole-School?

Uma abordagem pedagógica sensível ao género no ensino STEM não deve limitar-se às práticas de ensino STEM (de forma individualizada) ou às dimensões disciplinares e curriculares. Requer uma abordagem holística que permita que a gestão de todo o universo educativo e de funcionamento da escola se alinhe e adote os princípios da igualdade de género e da não-violência.

“O planeamento e a implementação de atividades de educação científica nas instituições não ocorrem no vazio. Os/as educadores/as científicos/as, quer trabalhem em escolas, centros científicos, instituições de investigação ou na indústria, realizam o seu trabalho de planeamento e implementação num ambiente complexo que constrange e condiciona o seu trabalho de várias formas. Isto significa que os programas de educação em ciência que ocorrem nestes contextos são o resultado não só do planeamento e implementação cuidadosos dos/as educadores/as de ciência, mas também dos vários constrangimentos e condições que influenciam o seu trabalho (Achiam & Marandino, 2014). Claramente, a genderização masculina da educação científica... pode ser um resultado não intencional destas influências” (Achiam & Holmegaard, 2015: 14).

Considerando que o ensino de uma pedagogia sensível ao género é uma missão para toda a escola, a implementação de práticas concretas deve seguir uma abordagem Whole-School, também recomendadas a nível da União Europeia (CE, 2023). A Abordagem Whole-School baseia-se nos seguintes princípios, tal como definidos por Monteiro, et al. (2017: 6):

"Decorre de práticas sustentadas no tempo e não de meras intervenções pontuais.

Está integrada no currículo, nas atividades letivas e não-letivas, nas práticas diárias da vida escolar e sua articulação com a comunidade.

Assenta em práticas educativas que promovem a inclusão.

Apoia-se no desenvolvimento profissional contínuo dos e das docentes.

Envolve alunos e alunas em metodologias ativas e oferece oportunidades de desenvolvimento de competências pessoais e sociais.

Está integrada nas políticas e práticas da escola democrática envolvendo toda a comunidade escolar.

Promove o bem-estar e a saúde individual e coletiva.

Envolve o trabalho em parceria com as famílias e as comunidades.

Está alinhada com as especificidades de alunos/as e as prioridades da comunidade educativa.

Apoia-se na monitorização e avaliação de forma a garantir efetividade e participação.” (Monteiro et al., 2017).   




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